5 de julho de 2016

A borralheira com um coque preguiçoso e unhas mal feitas.

A exatamente quarenta e poucos dias para meu filho comemorar seu primeiro ano de vida, eu só consigo pensar nele, fala deler, viver pra ele, imaginar ele, amar ele e qualquer coisa da vida, desde que tenha ele. Sou mãe de primeira viagem e ainda estou com as pernas bambas, vivendo um mar de novidades, sem saber se estou realmente fazendo tudo certo.

É por esse motivo que últimamente só tenho conseguido escrever do Raphael. Os rascunhos do meu blog não me deixam mentir. Cuidar da minha vida, da minha casa e do meu marido, tem ficado em segundo plano, já que o Raphael ocupa o primeiro lugar sempre, eu também disse que jamais faria isso, mas a verdade é que a rotina cansa absurdamente.

Estou a dois parágrafos em um infitino blablablá, que renderia uma postagem completa, mas a questão é: vaidade, feminismo, machismo, puerpério infinito, tpm, ou .. o que era mesmo que eu estava falando?

Andei reparando em um reflexo meu no espelho que minhas unhas estavam com o mesmo esmalte a uma semana. Mentira, muito mais que isso. Tinha quase um mês que aquele esmalte roxo não saía das minhas unhas. Ouve um lado bom nisso. Com certeza me veio a voz da minha ex professora de história, que dizia, 'tudo tem seu bônus e seu ônus'.

Eu notei que agora eu realmente era uma dona de casa, me senti uma boa dona de casa, até. Antes meus esmaltes duravam mais de 3 semanas intactos e veja só, aquele não só estava em mim a mais de duas semanas, como não havia durado nem dois dias para começar a descascar. Meu estado estava realmente precário.

Encarei meu filho e meu marido dormindo e fiquei tentando culpa-los pela falta de atenção comigo mesma, mas não consegui. Então comecei a procurar mil e uma respostas para meu cabelo estar com um coque preguiçoso, minhas unhas naquele estado e no meu armario milhões de roupas caindo pelas portas de tão amarrotadas e fora do lugar.

Foi dentro dessa linha infinita de pensamento que o André acordou e do mesmo jeito que eu mesma ainda me encarava, ele fez. Depois de um tempo me estudando dos pés a cabeça, ele me chamou e respondeu exatamente o que eu me perguntava, mesmo sem fazer ideia do que se passava na minha cabeça.

Escutar ele dizer o quanto ele estava me achando bonita e sexy naquele (pior) momento meu, foi o que bastou para sair um sorriso do meu rosto com um ar de satisfação. Saber que meu parceiro me ama em todo momento, foi gostoso.

Mas é aquele papo de machismo e feminismo que deveria ter rolado no post, mas na verdade não rolou, e velho ditado que você tem que se amar em primeiro lugar? Sacudi o pó. Cá estou eu com as unhas belas, cabelos sedosos, sobrancelhas impecáveis (ou quse) e me amando. Não é porque ele me ama até mesmo borralheira que eu não sinta necessidade de virar princesa correto?

Tem razão quem acha que eu devo estar bonita ao ponto de agradar meu 'marido' sempre, mas está tranbordando de razão quem acha que eu devo estar bonita para mim, antes de tudo. É nessa beleza unicamente para mim, que ele verá uma bela mulher.

Quero deixar claro também, que é ele quem me ensina esse tipo de coisa. Todo dia de manhã, ao me achar inteiramente gata, mesmo descabelada, com sono e desajeitada e ainda assim, enxergar uma bela mulher.

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